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Mais um caso triste de acidente nos rios do Pará

C. E., de 14 anos, se preparava para ir à igreja com os pais e irmãos como fazia todo sábado. Sentada próxima ao motor do barco, cabelos soltos ao vento, não esperava que a maresia forte da tarde a precipitasse para cima do motor da embarcação em questão de segundos. Seus cabelos se enroscaram no eixo da embarcação causando um dos mais graves acidentes provocados por motor de barco descoberto dos últimos anos nos rios do Pará. Além de perder todo o couro cabeludo, a menina teve ainda ferimentos em parte das orelhas e exposição da caixa craniana.

O acidente aconteceu na comunidade do Jararaca, no rio Pará, município de Muaná, o quarto mais populoso da ilha do Marajó, conhecido como a Flor do Marajó, localizado há seis horas de barco da capital paraense. Atendida na Santa Casa de Misericórdia do Pará, a paciente está agora recebendo os atendimentos no espaço Acolher, onde deve ser atendida ainda por um bom tempo, e passar por um longo tratamento, que inclui cirurgias reparadoras e acompanhamento psicológico. A menina do Marajó é mais uma a ingressar na triste estatística de um tipo de acidente que só acontece no Pará e no Amapá, na região Norte do Brasil.

Os escalpelamentos nos rios da Amazônia são alvo dos cuidados de várias entidades que compõem a Comissão Estadual de Enfrentamento aos Acidentes com Escalpelamento (CEEAE), da qual o Sindicato dos Médicos do Pará (Sindmepa) faz parte. De acordo com a coordenadora da comissão, Socorro Silva, este é o primeiro acidente de 2018 subindo para 430 o número de vítimas já catalogadas pela comissão.

O maior desafio da comissão é envolver os municípios no combate aos acidentes. “Queremos que o município assuma na atenção primária o combate a esses acidentes, tendo os agentes de saúde como agentes multiplicadores. Isso deve constar também no Plano Anual de trabalho das prefeituras”, defende. Na primeira reunião do ano realizada na sede do Sindmepa, hoje pela manhã, ficou definido o calendário de encontros regionais a acontecer neste primeiro semestre do ano. Os encontros começam pelo município de Breves, no Marajó, região de maior concentração desse tipo de acidente no estado, nos dias 27 e 28 deste mês.

A reunião da comissão contou com a presença do diretor administrativo do Sindmepa, João Gouveia, que ratificou a proposta da Comissão de envolver os municípios no combate a esse tipo de tragédia: “temos que chamar os gestores à responsabilidade, pois os acidentes além de deixar sequelas terríveis se tornam problemas de saúde pública”.

Além do Sindmepa, participaram da reunião representantes de várias outras entidades parceiras, como Bombeiros, Sespa, Fundacentro, Conselho Regional de Psicologia (CRP), Defensoria Pública da União (DPU), Espaço Acolher e Conselho de Secretários Municipais de Saúde (Cosems).

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