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Discurso de posse nova diretoria do Sindmepa

Ilustres autoridades aqui presentes ou representadas, senhoras, senhores, caros colegas médicos,

O Sindicato dos Médicos do Pará– SINDMEPA, que vivencia o término de uma gestão de reconhecido sucesso e na expectativa de novos desafios na gestão que se inicia, não poderia deixar de aproveitar esta honrosa oportunidade, em que nosso Estado foi escolhido para sediar a assembleia de criação, seguida de posse, da primeira diretoria da nova FMB, para dar posse à nova Diretoria Colegiada recém-eleita para o período de 2015 a 2018.

Um breve histórico do SINDMEPA. Segundo Aristóteles Miranda e José Maria Abreu Júnior, médicos e historiadores paraenses, em 1927, no RJ, foi criado o Syndicato Médico Brasileiro, que deu origem em 1931 ao Syndicato Médico Paraense, presidido pelo Dr. Ophir Loyola, que desapareceu em 1940. Em 1941 é registrado no Ministério do Trabalho a Associação Profissional dos Médicos do Pará, que fica sem atividades. Em 6 de junho de 1979 por articulação do Dr. Valdir Mesquita, Júlio Nobres da Cruz e Cláudio Klautau é reativada a Associação Profissional dos Médicos do Pará. Em 16 de outubro de 1981 uma Assembleia Geral transforma a APMP em Sindicato dos Médicos do Estado do Pará, data esta considerada de fundação do Sindmepa, tendo como presidente o Dr. Cláudio Klautau.

O Sindmepa foi reconhecido pelo Estado Brasileiro em 23 de janeiro de 1985 quando recebeu sua carta sindical, tendo sua primeira diretoria eleita para o período de 85 a 89 presidida pelo Dr. Valdir Mesquita, a segunda diretoria eleita para o período de 89 a 91, presidida pelo Dr. Hélio Franco Jr. e a terceira diretoria eleita, para o período de 91 a 94, presidida pelo Dr. Waldir Cardoso.

A partir do término da gestão de 1994, é eleita a primeira diretoria colegiada, modelo de gestão até os dias atuais. O SINDMEPA vem experimentando de maneira exitosa, este tipo de gestão colegiada, onde inexiste a figura do Presidente, tendo os diretores direito a voz e voto de igual peso e importância, permitindo que situações delicadas sejam amplamente debatidas e decididas democraticamente por maioria de votos, o que diminui consideravelmente as possibilidades de erros.

Tendo iniciado suas atividades em espaço físico cedido, por cortesia, por entidades médicas passando em seguida para prédio alugado, até chegarmos a sede própria que evoluiu para a que nos abriga hoje, orgulho da administração deste grupo, com espaço suficiente e adequado à importância dos trabalhos que desenvolvemos. A esta sede acrescentamos nesta última gestão mais um prédio de cinco andares e cerca de 1.200m2, cujo os dois primeiros andares foram inaugurados nesta manhã, dentro do projeto de expansão dos nossos espaços, totalizando 500 m2. Essa evolução patrimonial é fruto do zelo e da responsabilidade com que este grupo têm aplicado os recursos dos médicos.

Perseguindo o ideal do movimento médico, o SINDMEPA, tem sido incansável na defesa de suas bandeiras de luta das quais destacamos a luta por um ensino médico de qualidade e terminativo; Residência médica como pós-graduação ideal; Educação médica permanente; PCCR; Carreira de Estado no serviço público que terá forte impacto para a saúde pública dos municípios mais pobres do País; Vinculação de salários ao Piso de referência nacional; Aplicação da CBHPM na saúde suplementar e no SUS; Contra a terceirização em nível de gestão no serviço público; melhoria no financiamento do SUS, pelo cumprimento legal dos percentuais determinados constitucionalmente para a saúde; melhoria na qualidade da gestão do SUS, ocupando cargos de direção por competência técnica e não por indicações puramente políticas, que só prejudicam o desenvolvimento das ações; defesa intransigente do controle social garantindo assento nos Conselhos Municipal e Estadual de saúde, dentre tantas outras. No atual governo, estávamos certos de que seriam postas em prática, as políticas de saúde que defendemos. Que poderíamos discutir com o governo a melhor forma de implantá-las e implementá-las em benefício da sociedade usuária do SUS. Também havia grande expectativa quanto a efetiva criação do PCCR, sonho antigo da categoria e bandeira de luta do sindicalismo médico.

Aprendemos em consequência, que os governos têm suas próprias prioridades, que uma entidade, por mais prestigiada e bem intencionada que seja não tem a força suficiente para mudá-las. Isto nos mostra de forma contundente, cada vez mais importante papel do movimento sindical, pois só a união e organização da classe tem o poder necessário para atingir nossos objetivos.

Essas experiências têm nos movido para a pró-atividade. Nesse sentido o SINDMEPA agenda, sempre ao início de um novo governo, audiência com os novos governantes, oportunidade que oferece aos mesmos, documento com diagnóstico dos problemas da saúde pública no estado e nos municípios, com propostas para solucioná-las. Uma contribuição para a eficiência nas gestões, ao mesmo tempo em que ao promovermos um estreitamento dos laços com essas autoridades declaramos o que esperamos das novas administrações.

Entre os projetos fundamentais para Belém e para o Estado e que particularmente nos preocupa é a ausência de uma política de saneamento básico agressiva, capaz de atender de forma eficiente as necessidades da população moradora das periferias. O atendimento desta necessidade diz respeito à melhoria nas condições de vida do nosso povo, com reflexos imediatos na saúde mostrando com isso que o movimento médico sindical não limita suas ações tão somente com o salário e condições de trabalho do profissional médico.

Considerada fundamental para a consolidação democrática no país, o movimento sindical vem a cada dia tomando conta do cenário das grandes discussões sob o mundo do trabalho.

A ascensão do movimento sindical médico nos últimos 30 anos de luta entre o capital e o trabalho no Brasil deve-se a ampliação de seus horizontes, ao buscar não apenas uma situação justa para a classe em si, mas acima de tudo estabelecer um paralelo para com os benefícios que repercutem diretamente na população, quanto ao exercício do direito constitucional de cidadania.

Não nos pode sair do campo de visão e de forma nítida, que o sindicalismo ético e consciente é um movimento que procura insistentemente ocupar cada vez mais seu lugar nas transformações, que de forma acelerada, ocorrem em todo mundo e em particular na sociedade brasileira.

As dificuldades são imensas e de toda ordem, as políticas de saúde do atual governo federal são declaradamente contrárias aos interesses dos médicos brasileiros.

Atualmente, o sindicalismo brasileiro passa por um momento especial de renovação, com a criação da nova FMB, que permitirá continuar nossas lutas por novas demandas, como a empregabilidade, a globalização e humanização dos serviços e cada vez mais empenhar-se na luta por condições dignas de trabalho. Em nossos dias é importante termos em mente, que o movimento sindical tem a difícil tarefa de resgatar o papel ativo dos profissionais de qualquer categoria na construção de uma militância que seja capaz de fazer uma leitura crítica da realidade buscando transformá-la.

Quero agradecer a presença de todos que aqui vieram prestigiar este evento, em especial a dr. Antônio Jorge, Presidente do CRM do Pará e ao dr. Raimundo Castro, Presidente da Sociedade Médico Cirúrgica do Pará, Entidades Médicas parceiras do Sindmepa nas lutas pelos interesses da categoria médica. Agradecer também a Federação Médica Brasileira, na pessoa de seu presidente eleito Dr. Waldir Cardoso e toda a sua diretoria eleita, por terem escolhido Belém para este importante evento de nossa Entidade Maior. Reafirmar que a presença de presidentes e diretores de sindicatos médicos de todo o país em nosso Estado honra e engrandece o sindicalismo médico paraense, ao mesmo tempo em que fortalece o trabalho desenvolvido pelos que estão à frente do sindicalismo local. Aos diretores da FEMAM, afirmar o quanto são importante suas presenças por simbolizar a união dos sindicatos da região.

Agradecer também aos nossos funcionários e colaboradores, que com competência e dedicação nos ajudam a conduzir para o permanente crescimento e profissionalização. Junto também nossos agradecimentos aos nossos parceiros e empresas conveniadas ao Sindmepa, bem como aos prestadores de serviços que também nos ajudam a crescer. Um agradecimento especial à diretoria da Unicred Belém pelo apoio de sempre e a este evento.

Desejamos também fazer homenagens póstumas aos ex-diretores do Sindmepa, Dr’s Nonato Sanôva, Sérgio Lima de Figueiredo e Jorge Armindo Tamer, que tanto se dedicaram ao movimento sindical paraense.

A diretoria eleita que ora toma posse é formada pelos diretores Erivaldo de Jesus Abreu Pereira e João Fonseca Gouveia na diretoria de organização e administração, Carlos Augusto Barroso Sinimbú e Waldir Araújo Cardoso, na diretoria financeira, Lafayette Glicério Esteves Monteira e Vilma Francisca Gondim de Souza, na diretoria de assistência jurídica, defesa profissional e condições de trabalho, Maurício Vulcão Vasconcelos e Wilson da Silva Machado, na diretoria de imprensa, divulgação e assuntos sociais. Sendo suplentes da diretoria, os doutores Daniel Cardoso de Azevedo, Emanuel Conceição Resquel Oliveira, Helena Andrade Zeferino Brígido, Hildebrando Costa Ribeiro Júnior, José Martins de Miranda Neto, Júnio Aguiar Azevedo, Michelle Arruda Bechara, Verônica de Jesus Rodrigues Cardozo Costa. No conselho fiscal são efetivos Carlos Antônio de Lima Amorim, Leuci Paes da Silva e Agostinho Hermes de Miranda Neto e suplentes, os doutores Paulo Tomé de Lima Bronze, Douglas Serra Vasconcelos e Renato Marcelos Bordallo Pantoja.

Finalmente queremos renovar nosso compromisso com o fortalecimento do movimento sindical médico brasileiro, inclusive com a honrosa participação de nosso diretor dr. Waldir Cardoso na presidência da entidade nacional.

Que Deus nos abençoe e fortaleça a todos para que possamos perseverar nesse ideal de trabalhar sempre por um Brasil melhor e uma sociedade mais justa e fraterna, onde todos tenham para si e suas famílias uma vida digna, direito inalienável de todo o cidadão.

 

Muito Obrigado.

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